sábado, 8 de agosto de 2015

Ser professor: formação e valorização profissional em 2015


Os últimos acontecimentos políticos e econômicos ocorridos no Paraná assinalam a condição desastrosa, autoritária, de abandono e fantasias ideológicas da educação e seus sujeitos, a sociedade, família, governo, estudantes e professor. Somos o principal laboratório dos testes neoliberais.

Nosso professor é mau remunerado. É tão indigno que seu salário dista do s ganhos de vereador, deputados, senadores, secretários de Estado e Ministros. Não inclusas as regalias que estes recebem sem necessidade de esforço intelectual, desobrigação de ler e escrever. Não há concurso para rendosa carreira.

O professor do ensino básico é vítima apartir do vestibular universitário. Ao invés de ingressar numa licenciatura que lhe ofereça trecursos que permitam alçar vôo na carreira docente pré-universitária, se confrontará com um elenco de disciplinas isoladas, feudalizadas, empurrrando-o para os mestrados e doutorados específicos, requeridos pelo produtivismo dos seus mestres. Quatro anos para torná-lo bacharel de segunda.

A maioria dos professores das licenciaturas não dispõem de experiência respeitável e reflexão na e sobre a escola básica. O assunto não lhes interessa, que digam os professores do ensino fundamental e médio que passaram pelos  PDE. A formação do professor acontece sob a autoridade de quem não possue concepção nítida de ensino, de escola, teoria pedagógica e retalhos história  educacional brasileira. É fato que a escolha do professor formador de mestres do ensino básico não é feita pelos Colegiados de Curso, são compostos por quem não tem vivência nem paixão pela escola.

O licenciado sai da universidade desinformado. Entrando na sala de aula de um colégio deparando-se com um ambiente sequer imaginado, não tinha lido e debatido uma linha teórica que fosse a seu respeito. A fera está desperta e agora? Professores universitários formadores atuam nas salas de aula sem capacidade mínima para versar sobre a sociologia do cotidiano escolar, aspectos políticos da educação, leis de aprendizagem, métodos de ensino, filosofia da educação, sociologia da escola, noções de comportamento e aprendizagem. O refúgio é o castelo da especificidade e do empurrão para as disciplinas pedagógicas, quando nem estas dão conta destas questões, visto que seus ministrantes padecem os mesmos males das específicas e padecem da falta intencional de diálogo ou desnível intelectual com as outras. As aproximações são sempre recusadas de pronto, justificadas pela carreira, produtivismo  e o pesquisismo. As universidades são tão capazes para pensar a educação que num final de semana decidem contra políticas públicas e no início da outra votam pela sua aceitação, o que evidencia o quanto da produção científica sociológica é por elas assimilado, ou quando não. Os chamados conselhos de ensino que de filosofia de educação coisa alguma entendem e possuem.

Cabe, então, as Secretarias de Educação, as associações de professores da educação fundamental ensinarem a Universidade como trabalhar com eles, quais são suas dúvidas, suas demandas e seus currículos. Esperar uma conversão desta é exigir o impossível de uma instituição que se distanciou, pedantemente, das necessidades da sociedade. O êxito de políticas públicas sérias e responsáveis para a escola pública impõem que outro modelo de formação seja perseguido e esta ocorra fora dos muros e salas de aula do tão propalado ensino superior.

sábado, 18 de julho de 2015

Marcos Pontes: NASA, Conexão Espacial e a Educação

Olá, Acir!

Desculpe a demora em responder. Eu mesmo que "toco" esta pagina e o tempo anda muito curto!

Não vi a página do PMB, mas também não me parece condizer com a proposta deles.
Em todo caso, distante da política aqui na NASA, gostaria de aproveitar sua mensagem para falar de outra coisa (Educação):
Olá, Acir!Aí vai uma novidade que, por enquanto, durante a montagem do projeto, estou informando apenas às pessoas que me enviaram mensagens no facebook ou outros canais:

Acabei de criar um canal especial no Youtube, chamado "Conexão Espacial", onde a ideia é apresentar um tipo de seriado sobre assuntos interessantes e "intrigantes" sobre tecnologia.
Como o projeto está sendo criado, estou pedindo às pessoas com maior contato por outros canais que participem e me ajudem a definir os assuntos que serão abordados nos videos.

Para participar, por favor, subscreva no novo canal e, via mensagens do canal youtube, envie suas ideias sobre os episódios a serem criados, por exemplo: vida em Marte, física quântica, física básica, entrevistas, teste de equipamentos e veículos, aviões, etc.

Ou seja, para participar:

1. Navegue para o Canal Conexão Espacial (link abaixo) e click "SUBSCRIBE": https://goo.gl/sL4FhN

2. Depois, entre na aba "about" do canal e me mande uma mensagem privada com suas sugestões!

3. Finalmente, ajude a divulgar o canal entre seus amigos em todas as redes. Se tivermos uma boa audiência, a divulgação científica terá muito maior amplitude.

Tenho certeza que, com as sugestões de todos os conhecidos e interessados nos assuntos, teremos um canal muito bacana e útil!

Grande abraço e obrigado!

Marcos Pontes

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Educação moral e cívica? uma necessidade para os tempos atuais ou saudosismo da ditadura?

1. É possível construirmos uma matéria - Educação Moral e Cívica - que seja livre dos vícios do regime militar brasileiro dos anos de 1964-1985. Matéria essa que tenha um conteúdo programático capaz de provocar reflexões sobre a formação humana do cidadão, de forma crítica, despertando-o para os valores fundamentais da existência humana. Evidentemente, com professores apropriados, não picaretas da Educação, solidamente formados para esta especialidade, talvez uma área multidisciplinar na escola, com carga horária garantida, conteúdo programático definido em todas as séries do ensino pré-universitário. Quais seriam os tópicos que seriam abordados numa aula assim?

Chamando a família para a escola: a responsabilidade pelo caráter do aluno

1. As nossas escolas possuem equipes pedagógicas para que? Qual o papel dos diretores escolares? Precisamos começar a marcar encontros com as famílias dos alunos, quem sabe por turma, a fim de trazer a família para o co-gerenciamento do processo educativo dos filhos/alunos. É preciso reeducar pais antigos e futuros pais. Fugir desse processo é alimentar o caos e a tragédia contra nós e contra a profissão.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Estudantes e revisão de prova

Os estudantes devem saber que em caso de dúvidas, a Universidade ou qualquer um de seus diferentes órgãos, não tem nem pode, a última palavra.
O aluno pode recorrer à Justiça, à Ouvidoria do Estado (0800 411113), à imprensa local e estadual, às emissoras de rádio. Portanto, jamais aceite intimidação. É dever dos professores procederem a revisão sempre que forem solicitados mediante protocolo na PROGRAD. Conforme a situação, se o estudantes se considerar insatisfeito, poderá revindicar que outro professor, mesmo que seja de outra instituição, competente na área, para revisar sua prova. A atuação do Colegiado deve ser a de garantir que o aluno não seja prejudicado, proporcionar tratamento legal e justo, e não fazer a defesa corporativa do docente, esta atribuição, pertence ao Departamento.
O Diretório orientará seus associados que solicitem revisão de prova, logo após a divulgação das notas e, preferencialmente, peçam que o professor faça registro em livro de protocolo, para quando chegar ao final do ano, não solicitarem e isso parecer interesse apenas para ser aprovado.

Tarefas dos Diretórios Acadêmicos e dos universitários

Escolha dos coordenadores de Curso

Lamentavelmente, o desinteresse dos alunos pelo Colegiado de Curso, para o qual podem votar, a condução do mesmo passa pela indiferença dos professores. Diversas vezes, os chefes de departamento são obrigados a sairem pelos corredores "catando" docentes para ocuparem o cargo. Neste caso, os alunos perdem a oportunidade de discutir e votar projetos de curso, ponto de vista de qual deva ser o lugar do estudante no processo de ensino-aprendizagem. Ainda o indicado fica fortalecido pelo fato de ter sido o único e consequentemente retribui na forma de autoritarismo, onde se corre o risco de passar um trator sobre os alunos e silenciar os componentes do colegiado (cujo nome indica que todos possuem igual autoridade, inclusive a de convocar reuniões).
A partir do início das aulas, o Diretório deve promover discussões com os colegas a respeito do perfil de coordenador que os estudantes desejam e procurar naqueles que são aproximados desse perfil, conversando com estes, enviando mensagens eletrônicas, convidando-os para assumirem os colegiados e departamentos. Ao chegarem a época dos editais, os alunos devem manifestar seu autêntico desejo em relação ao candidato que desejam a frente do curso. Por isso, os estudantes podem promover pesquisa de opinião, garantido o sigilo na votação. Estas consultas podem ser feitas pela colocação de urnas ou consultas durante as aulas.